30 maio 2011

Enciclopédia das Mentiras Socias - Parte 2

#4 - "Chego em cinco minutinhos": O mais interessante dessa maravilhosa tentativa de "não coma meu fígado quando eu chegar" é a aplicação do substantivo "minuto" no seu diminutivo. Como todos sabemos desde Albert Einstein (que era uma espécie de Professor Beakman para adultos), o tempo é relativo. Então essa sugestão Freudiana nos faz ver os longos trezentos segundos de uma forma mais amena, curta. Se fosse real, seria possível chegar em cinco minutos em QUALQUER LUGAR do mundo, e não só o problema de transporte público seria resolvido como o livro "A Volta ao mundo em 80 dias" seria um post de blog chamado "A volta ao mundo em 5 minutinhos".

#5 - "Tudo vai melhorar, você vai ver": Sim sim sim, claro que vai melhorar, é por isso que o aquecimento global só melhora, a inflação do Brasil só se estabiliza, a FIFA cada vez mais é um espaço de pessoas honestas. Claro que tudo vai melhorar.

#6 - "Nada não": É quase um "Avada Kedavra" para relacionamentos. Em 99% dos casos é proferido por uma mulher, embora alguns homens sabiam com maestria dominar essa técnica. Quando você ouve um "Nada não", você sabe que fez merda, você sabe que está perdido, você sabe que precisa consertar as coisas de qualquer maneira e... você não faz a mínima ideia do que fez de errado, então não sabe por onde começar. Quando um "nada não" é proferido para você, é como se você fosse automaticamente levado para uma ilha e seu relacionamento fosse decidida num episódio de Survivor. O interessante é que a mulher faz isso exatamente para que você atire para todos os lados para compensar: Um jantar mais refinado, lavar a louça dela, comprar um anel bonito e 40 minutos de oral a mais. E na verdade tudo que se precisava era explicar que aquela menina de shortinho curto e top rosa que te adicionou no Facebook é sua prima. ("Nada não", foi o que proferiu Nakeshi Yamamoto, irritada com o seu namorado, quando ele perguntou o que tinha acontecido. Era Hiroshima, 1945)

Se vocês querem uma dica sobre o "Nada não", eu posso ensinar, mas vale ouro e as mulheres não podem saber que já descobrimos a solução, pois se elas souberem podem criar algo ainda pior que o "Nada não" e se for algo pior, eu não quero imaginar o que pode vir. Mas então, você mulher pare de ler esse post e você homem deposite 15 reais na minha conta corrente.

Agora que todos já fingimos que isso aconteceu, eis a solução: Nada. Isso mesmo, se "não está acontecendo nada", podemos continuar a vida normalmente sem precisar compensar nada, já que... não tem nada. Funciona que é uma maravilha.

01 maio 2011

Motivos que me fazem um completo desastre na cozinha

Desde o berço: Eu não sei como se criam crianças hoje em dia (o tempo de crianças aqui em casa acabou quando meu irmão chegou bêbado de uma briga numa festa de 15 anos), mas o fato é que nunca fui encorajado a chegar muito perto do fogão. Pelo contrário, era só um "sai daí menino, volta para o seu videogame, vai se queimar!" (ah, meu Master System). As meninas no meu tempo eram permitidas ficar mais perto dos fogões e do preparo das coisas, mas acho que elas só faziam isso esperando a invenção da Twitcam, estamos falando da minha infância, então estamos falando dos 4 Trapalhões vivos.

Essa coisa de que "menino não precisa cozinhar" me levou a falta de prática, o que me levou para o segundo item:

Medidas filosóficas: "Vó, como se faz esse suflê?" "ah, é farinha, ovo, sal...". "Mas quanto de cada coisa, vó?" "Ah, você vai vendo". A minha avó (a e sua) passou 60 anos "vendo" a quantidade certa, enquanto eu, que nunca pilotei um fogão, vou com esses ingredientes achar a proporção de uma massa nuclear que gerará um buraco negro e me faria ganhar o Nobel da Física, se não fosse o Nobel e o mundo tragado por tal buraco. Vamos combinar que cozinhar significa colocar coisas no fogo e tirar qando parecer bom. E esse 'parecer bom' é algo que só é alcançado após muita meditação zen. O motivo desse post foi porque fui fazer um Cremogema e estava lá seguindo com louvor a guia da caixinha, quando achei que estava muito ralo e coloquei mais do pó. Então de repente a mistura foi engrossando (em 10 segundos, juro) e bom, estou aqui saboreando um Flan

Uma pitada de sal? Pitada de quem? Meus dedos são bem maiores que o dedinho da vovó. Afinal, qual é a pitada padrão? Voltamos para a era em que as medidas mudavam quando mudavam o rei? Preciso pedir os dedos da Elizabeth II? Ainda sonho com um livro de receitas feito por cientistas, com medidas exatas de cada coisa. 23,45 g de farinha de trigo; 12 mol de NaCl (vulgo 'Sal')

Sadia: Em 1996 finalmente eu, meu pai e meu irmão morávamos sozinhos. Meu pai trabalhava e meu irmão fazia a escola em tempo integral. Durante a manhã, no alto dos meus 11 anos de idade, eu permaneci sozinho até o tempo do meu pai arrumar uma doméstica. Aí no primeiro dia ele me mostrou uma caixa no freezer e mandou fazer 11h. Gente, sério, que mágica foi abrir, colocar no forninho e tirar depois de 40 minutos o strogonoff de frango da Sadia, prontinho e delicioso. E depois a Lasanha, e depois o Yakisoba, e depois... Ad Infinitum. Só não pedi a Sadia em casamento porque ela não sabia fazer boquete